Vorkutá, uma cidade no norte da Rússia, enfrenta um cenário desolador, com prédios em ruínas e uma população em declínio. Antigamente um símbolo do poder industrial soviético, a cidade, que começou a ser construída em 1953, agora abriga apenas cerca de 50 mil habitantes, muitos deles vivendo em condições precárias. Apartamentos estão sendo oferecidos por apenas 1 rublo, mas a falta de infraestrutura e segurança desencoraja potenciais compradores.
A cidade, que já foi projetada para abrigar 300 mil pessoas, é marcada por ruas vazias e edificações deterioradas, resultado do abandono e da migração em massa. Em bairros como Komsomolsky e Vargashor, os moradores enfrentam a dura realidade de prédios rachados e escadas improvisadas, com muitos referindo-se a banheiros como 'abrigo antibomba', temendo o desabamento.
Apesar da situação crítica, alguns moradores resistem, mantendo pequenos comércios abertos e se recusando a deixar suas casas, mesmo diante da deterioração. Um programa de realocação foi implementado, mas avança lentamente, com uma fila de 15 mil pessoas aguardando por assistência. Enquanto isso, Vorkutá permanece como um lembrete sombrio da história soviética e das vidas que foram moldadas e abandonadas na tundra congelada.