A viticultura em Israel, com raízes que remontam a mais de 5.000 anos, passou por diversas transformações ao longo da história. Registros bíblicos e arqueológicos indicam que o vinho era uma parte essencial da cultura hebraica, especialmente durante o domínio romano, quando o vinho israelense era altamente valorizado. No entanto, a conquista islâmica no século VII levou à quase extinção da produção de vinho na região, que só foi revitalizada no final do século XIX com o investimento do barão Edmond de Rothschild na criação de vinícolas modernas, como a Carmel Winery.
Nas últimas décadas, a viticultura israelense tem se modernizado significativamente, impulsionada por investimentos estrangeiros e colaborações internacionais. Consultores de países como França, Itália e Estados Unidos têm contribuído para a melhoria da qualidade dos vinhos, além da adoção de práticas sustentáveis. Universidades, como a Universidade Hebraica de Jerusalém, também têm se dedicado a pesquisas sobre terroir e tecnologias de cultivo, utilizando inovações como irrigação controlada por inteligência artificial.
Israel apresenta uma diversidade climática e geográfica que favorece o cultivo de uvas de alta qualidade, com regiões vinícolas notáveis como Galileia, Colinas de Golã, Samaria, Judeia e o Deserto do Negev. Os vinhos israelenses são conhecidos por suas características marcantes, com tintos encorpados e brancos que variam de leves a complexos. Além disso, os vinhos de sobremesa, como os feitos com uvas botritizadas, têm ganhado destaque pela sua rica concentração de açúcar e complexidade.
A maioria dos vinhos israelenses é kosher, produzidos de acordo com as leis dietéticas do judaísmo, o que não compromete a qualidade, mas sim a enriquece. O termo "kosher" refere-se à adequação das práticas de produção, garantindo que o vinho atenda a normas religiosas específicas. Com essa combinação de tradição e inovação, a viticultura israelense se destaca no cenário internacional.