A vitamina C, conhecida por sua potente ação antioxidante, tem se tornado um dos ativos mais populares na dermatologia estética. Utilizada em séruns e cremes faciais, a substância é reconhecida por iluminar a pele e combater os sinais de envelhecimento, além de ajudar na prevenção de danos causados pela exposição solar. A dermatologista Paula Rahal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca que, embora a vitamina C tenha sido associada à prevenção do escorbuto no século XVIII, seu uso para cuidados com a pele ganhou destaque nas últimas décadas.
O uso tópico da vitamina C começou a ser amplamente adotado a partir dos anos 1990, quando evidências científicas começaram a comprovar sua eficácia na proteção da pele. O dermatologista Otávio Macedo, da Clínica Otávio Macedo & Associados, ressalta que as formulações evoluíram, aumentando a estabilidade e a eficácia do ativo. Os especialistas explicam que a vitamina C pode ajudar a uniformizar o tom da pele, mas seus efeitos não são imediatos e dependem da constância do uso e da combinação com outros ativos.
Além disso, é importante notar que nem todas as formas de vitamina C são iguais. O ácido ascórbico puro é o mais potente, mas também o mais instável, e fórmulas modernas costumam combinar diferentes versões para otimizar resultados. Os médicos recomendam o uso do ativo durante o dia, pois ele potencializa a ação do protetor solar contra radicais livres, embora também possa ser utilizado à noite em peles sensíveis.
Por fim, a concentração do ativo deve ser considerada com cautela. Concentrações entre 10% e 20% são as mais estudadas e bem toleradas, enquanto concentrações superiores podem aumentar o risco de irritações. A formulação completa, que inclui estabilizantes e antioxidantes complementares, é fundamental para garantir a eficácia do produto.