Em Maceió, na terça-feira (3), a Vigilância Sanitária realizou a retirada de 25 toneladas de lixo da residência de uma mulher que sofre de transtorno de acumulação compulsiva. Este transtorno é caracterizado pela dificuldade persistente em descartar objetos, o que pode levar a sérios problemas de saúde e isolamento social. A psiquiatra Jordana Farias, em entrevista ao Bom Dia Alagoas, destacou que a condição é frequentemente negada pelos afetados, dificultando o tratamento adequado.
O transtorno de acumulação é mais comum do que se imagina e se diferencia do colecionismo, pois os acumuladores não organizam ou catalogam seus pertences. Muitas vezes, os ambientes das casas tornam-se intransitáveis, o que agrava o sofrimento dos indivíduos e afasta familiares e amigos. Farias enfatizou que a falta de percepção sobre a gravidade da situação pode levar ao isolamento, tornando a convivência familiar cada vez mais difícil.
Para ajudar pessoas que enfrentam esse transtorno, a médica recomenda empatia e apoio psicológico, ressaltando a importância de uma rede de suporte familiar. "Brigar não vai adiantar", afirmou, destacando que a compreensão e o acolhimento são essenciais para o processo de recuperação. A situação em Maceió serve como um alerta sobre a necessidade de atenção a esse problema de saúde mental que afeta muitas pessoas na sociedade.