Desde fevereiro, vereadores da Câmara Municipal de Goiânia têm se reunido regularmente para discutir estratégias que visam fortalecer a atuação do Legislativo e pressionar a Prefeitura, sob a liderança do prefeito Sandro Mabel (UB). O grupo, que conta com 14 integrantes, é majoritariamente composto por membros da base do governo, mas se define como um "movimento de união" e não como um bloco formal de representação parlamentar.
Entre as ações discutidas, destaca-se a proposta de criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar irregularidades na prestação de serviços de limpeza urbana pelo Consórcio Limpa Gyn. Além disso, os vereadores estão em conversação sobre a eleição da presidência da Câmara para o biênio 2026-2027. Nos bastidores, o grupo é referido como "grupo de blindagem", em alusão à busca por maior influência nas decisões da gestão municipal.
O vereador Igor Franco (MDB), líder do prefeito na Câmara, é apontado como um dos articuladores do movimento, mas nega a formalização de um bloco, afirmando que a base do prefeito permanece unida. Embora o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), não faça parte do grupo, fontes indicam que ele está ciente das movimentações em curso.
A composição do grupo inclui vereadores que assinaram o requerimento da CEI da Limpa Gyn, como Bruno Diniz (MDB), Cabo Senna (PRD) e Daniela da Gilka (PRTB). A formalização de um bloco poderia impactar a distribuição de membros na CEI, garantindo uma representação significativa, mas também implicaria na perda de alguns benefícios para os líderes de bancada, como o Tempo de Liderança durante as sessões.