Os vereadores de Goiás aprovaram nesta quinta-feira, 10, em definitivo, os projetos que estabelecem o piso salarial para os servidores da educação e o auxílio para os funcionários administrativos. As matérias agora seguem para sanção do prefeito Sandro Mabel (UB). A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Ludmylla Morais, classificou a aprovação como uma "meia-vitória", destacando a necessidade de um novo plano de carreira para os servidores administrativos.
Morais expressou preocupação com o parcelamento do piso do magistério e a ausência de pagamento retroativo, conforme previsto pela Lei 11.738 de 2008. Ela ressaltou que, apesar do reajuste ser bem-vindo, o sindicato continuará a lutar pelo retroativo e pela criação de um plano de carreira para os administrativos, que, segundo ela, têm sido negligenciados ao longo das administrações.
A líder sindical também criticou o auxílio-locomoção, considerando-o um "paliativo" e enfatizando a urgência de um novo plano de carreira. Morais afirmou que muitos servidores administrativos recebem menos de R$ 1.500, e que o complemento salarial é insuficiente para garantir uma aposentadoria digna. A expectativa é que o novo plano de carreira seja analisado e aprovado até dezembro, evitando que servidores permaneçam em condições salariais abaixo do mínimo.
As emendas propostas pelos vereadores Kátia Maria (PT) e Fabrício Rosa (PT) foram rejeitadas durante a tramitação, mas a base do prefeito não descartou a possibilidade de discutir essas sugestões em futuras matérias. Com a aprovação dos projetos, os vereadores esperam que a sanção ocorra rapidamente para que os novos valores sejam incluídos na folha salarial de julho, que se encerra no dia 17.