O vereador Kléber Silva, do partido Novo, foi suspenso por 30 dias da Câmara Municipal de Poços de Caldas, Minas Gerais, após ser acusado de furar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de uma ressonância magnética. A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária na última sexta-feira (18), com votação unânime dos presentes. Durante o período de afastamento, o parlamentar não receberá seus subsídios.
A suspensão ocorreu após a Comissão de Ética da Câmara aprovar, na segunda-feira (14), um parecer que recomendava a medida, em resposta a denúncias sobre a suposta infração ético-administrativa. A investigação começou após o vereador Diney Lenon, do PT, apresentar imagens do prontuário médico de Kléber Silva, que indicavam que ele teria recebido atendimento prioritário em um momento em que a fila para o exame no SUS contava com 650 pessoas e o tempo de espera era de até seis meses.
Kléber Silva confirmou que realizou a ressonância, mas negou ter recebido qualquer privilégio, afirmando que passou por dois hospitais públicos antes de um médico solicitar a urgência do exame. A Secretaria de Saúde de Poços de Caldas já iniciou uma investigação para apurar se houve favorecimento na realização do exame, com uma auditoria sendo conduzida por uma comissão que analisará documentos e ouvirá os envolvidos. Caso sejam encontradas irregularidades, penalidades poderão ser aplicadas aos servidores municipais responsáveis.