Andy Perozo, um venezuelano preso em El Salvador, descreveu a brutalidade que enfrentou ao chegar ao Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), uma das prisões mais temidas da América Latina. Detido por não cumprir uma ordem de deportação dos Estados Unidos e acusado, sem provas, de integrar a organização criminosa 'Tren de Aragua', Perozo relatou que os detentos foram recebidos com agressões físicas e humilhações. 'Fomos recebidos com socos e pontapés', afirmou, ressaltando o clima de terror que permeia o local.
A chegada ao Cecot foi marcada por uma recepção hostil, onde o diretor da prisão teria afirmado que os detidos nunca sairiam de lá. 'Vocês são condenados como terroristas', disse ele, enquanto os presos eram obrigados a raspar os cabelos e vestir uniformes. Segundo Perozo, muitos dos detentos, em sua maioria venezuelanos, desmaiaram devido às agressões. A situação alarmante levou familiares de presos a protestarem em Caracas, clamando por apoio internacional e denunciando a falta de histórico criminal de muitos detidos.
A libertação de Andy Perozo ocorreu após um acordo de troca de prisioneiros entre os governos da Venezuela e dos Estados Unidos, permitindo a repatriação de cerca de 80 venezuelanos. O governo venezuelano tem buscado aumentar seus laços internacionais, enquanto a União Europeia expressou preocupações sobre os direitos humanos em relação às condições de detenção no Cecot, que continua a ser um foco de atenção global.