O volume vendido de combustíveis registrou uma queda de 1,7% em maio, contribuindo para a continuidade da retração no comércio varejista, que já havia encolhido 1,0% em março e 1,6% em abril. Segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, o fechamento de postos de combustíveis na região Sudeste foi um dos principais fatores para essa diminuição nas vendas. "Essa queda é basicamente de combustíveis, e tem ali um componente também de troca de algumas bandeiras de postos", explicou.
Além dos combustíveis, outros segmentos também apresentaram perdas em maio, como artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%) e livros e papelaria (-2,0%). No entanto, cinco dos oito segmentos varejistas conseguiram registrar crescimento nas vendas, destacando-se equipamentos de informática e comunicação (3,0%), móveis e eletrodomésticos (2,0%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (1,7%).
Santos atribuiu o bom desempenho do setor de informática à recente trégua do dólar, que também beneficiou vestuário e calçados importados. Apesar das expectativas, o Dia das Mães não gerou um impacto significativo nas vendas do varejo este ano, segundo o pesquisador. O setor farmacêutico, por sua vez, continua a crescer, apoiado pela expansão do número de farmácias, alcançando patamares recordes na série histórica da pesquisa, assim como o segmento de supermercados, que tem sustentado as vendas no varejo próximo ao pico histórico.