As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet atingiram um recorde histórico para o mês de junho, conforme divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Tesouro Nacional em Brasília. No último mês, o Tesouro Direto comercializou R$ 5,77 bilhões em papéis, representando um aumento de 1,48% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha havido uma queda de 15,91% em comparação a maio, quando as vendas totalizaram R$ 6,86 bilhões.
Os títulos mais procurados pelos investidores em junho foram os vinculados aos juros básicos, que corresponderam a 55,9% das vendas. Os papéis corrigidos pela inflação, atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), representaram 24,5%, enquanto os prefixados somaram 11,6%. O novo título Tesouro Educa+, lançado em agosto de 2023, atraiu apenas 1,8% das vendas, enquanto o Tesouro Renda+, destinado ao financiamento de aposentadorias, respondeu por 6,2%.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 180,35 bilhões ao fim de junho, um aumento de 2,41% em relação ao mês anterior e de 25,95% em relação ao ano passado. O número de investidores ativos também cresceu, com 240.498 novos participantes em junho, totalizando 32.735.353 investidores, um aumento de 14,3% em 12 meses. As operações de vendas de até R$ 5 mil representaram 80,5% do total, evidenciando a adesão de pequenos investidores ao programa.
O Tesouro Direto, criado em janeiro de 2002, visa popularizar a aquisição de títulos públicos, permitindo que pessoas físicas realizem investimentos diretamente pela internet. A captação de recursos por meio da venda de títulos é uma estratégia do governo para honrar compromissos financeiros, oferecendo retornos que variam conforme a taxa Selic, índices de inflação ou taxas pré-definidas em papéis prefixados.