Entre janeiro e abril de 2025, as vendas de cotas de consórcios no Brasil registraram um aumento de 19,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 1,61 milhão de adesões, conforme dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). O crescimento foi impulsionado principalmente pela demanda por eletroeletrônicos e imóveis, que cresceram 119,5% e 41%, respectivamente.
Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, atribui esse desempenho positivo a dois fatores principais: o aumento da renda familiar e uma maior conscientização sobre educação financeira entre os consumidores. Em paralelo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) projeta um crescimento de 8,5% no crédito até o final do ano, com foco em recursos destinados às famílias.
A alta da taxa Selic tem levado muitos consumidores a optarem pelos consórcios como uma alternativa mais econômica em comparação aos financiamentos tradicionais, que apresentam juros mais elevados. Márcio Massani, diretor comercial da Âncora Consórcios, ressalta que, embora o consórcio não exija entrada e tenha uma análise de crédito menos burocrática, pode não ser a melhor opção para quem precisa adquirir um bem com urgência, já que a contemplação depende de lances e não é garantida.
Além disso, Massani alerta que, ao contrário dos financiamentos, o consórcio não permite descontos na antecipação de parcelas, o que pode impactar a gestão financeira do consorciado. Apesar das vantagens e desvantagens de ambas as modalidades, a escolha ideal depende de variáveis que vão além do aspecto financeiro, como a urgência na aquisição do bem.