A negociação para a venda do acervo musical da cantora Marília Mendonça está em andamento e surpreendeu tanto o mercado quanto os fãs. Fontes confirmaram que uma parte do material, incluindo faixas inéditas, pode ser comercializada. Marília, que deixou um vasto repertório com 349 composições registradas e 521 gravações, é uma das artistas que se juntam a uma tendência crescente de venda de catálogos musicais por artistas e seus herdeiros.
O fenômeno da venda de catálogos musicais ganhou força nos últimos anos, especialmente após a pandemia. Artistas renomados como David Bowie, Shakira e Bruce Springsteen já realizaram acordos que movimentaram bilhões de reais. A venda envolve a transferência de direitos autorais e fonográficos, onde o comprador, geralmente gravadoras ou fundos de investimento, paga um valor significativo ao artista em troca dos direitos sobre suas obras.
Especialistas explicam que o valor de um catálogo é determinado por uma análise financeira detalhada, levando em consideração os rendimentos gerados por royalties e outras fontes de receita. No caso de Marília Mendonça, estima-se que a negociação possa alcançar R$ 300 milhões. Essa prática não apenas altera a dinâmica do mercado musical, mas também levanta questões sobre o impacto para os ouvintes e a possibilidade de fãs investirem em acervos musicais.