Após um mês de maio promissor, o varejo brasileiro registrou uma desaceleração generalizada em junho, com todos os subsegmentos apresentando queda no ritmo de crescimento em comparação ao mês anterior. A análise, realizada por instituições financeiras como Itaú BBA e Santander, sinaliza que os próximos meses serão cruciais para entender a evolução do setor. O Itaú BBA classificou a situação como uma "bandeira amarela", indicando a necessidade de atenção redobrada.
Os analistas do Santander destacam que o segundo trimestre de 2025 será um teste importante para avaliar a sustentabilidade das recentes melhorias no varejo e possíveis sinais de desaceleração do consumo. Entre as empresas que devem se destacar, estão Renner, C&A, Vivara e Pague Menos, enquanto Arcos Dorados, RD Saúde, Grupo SBF e Magazine Luiza enfrentam um cenário mais desafiador.
A XP Investimentos também projeta resultados sólidos para o setor, mas alerta que algumas empresas poderão enfrentar dificuldades específicas. O BTG Pactual espera um crescimento de 9% na receita líquida do setor em relação ao ano anterior, com destaque para o varejo discricionário, que deve apresentar um aumento de 12% no Ebitda. A expectativa é de que o lucro líquido do setor cresça de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2024 para R$ 1,3 bilhão em 2025.