A mineradora Vale (VALE3) divulgou na terça-feira (22) seus dados operacionais do segundo trimestre de 2025, destacando um crescimento de 3,7% na produção de minério de ferro, que totalizou 83,6 milhões de toneladas. Apesar da alta na produção, as vendas da companhia caíram 3,1%, somando 77,3 milhões de toneladas, refletindo uma estratégia de direcionamento de volumes para o mercado chinês.
O Bradesco BBI avaliou os resultados como positivos, destacando que a produção de iodetos de níquel no Sistema Norte atingiu o maior nível desde 2021. No entanto, o JPMorgan optou por manter uma recomendação neutra, citando riscos regulatórios e a queda nas vendas de iodetos de níquel e pelotas, que estão alinhadas com a estratégia de priorização de produtos de média qualidade.
Em relação aos metais básicos, a Vale também apresentou desempenho robusto, com a produção de cobre e níquel superando as expectativas do JPMorgan. A produção de cobre aumentou 17,8% e a de níquel, 44,4%, impulsionadas por operações mais eficientes no Brasil e no Canadá. O BBI manteve sua recomendação de compra para as ações da mineradora, enquanto o JPMorgan reiterou sua classificação de compra, com preço-alvo de R$ 86.
Os resultados operacionais da Vale serão detalhados em um relatório completo a ser divulgado em 31 de julho, quando se espera que o EBITDA do trimestre alcance US$ 3,2 bilhões, representando uma queda de 1% em relação ao trimestre anterior e de 20% em relação ao ano anterior. Apesar das incertezas no mercado, os analistas continuam a monitorar a performance da mineradora com cautela.