A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conseguiu superar um voto de desconfiança nesta quinta-feira, 10, com uma rejeição expressiva a uma moção de censura contra sua liderança. A votação ocorreu durante uma sessão plenária no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, onde 360 legisladores votaram contra a moção, enquanto 175 a apoiaram e 18 optaram pela abstenção. Von der Leyen não estava presente no momento da votação.
A moção de censura, a primeira apresentada no Parlamento Europeu em mais de uma década, continha alegações sérias, incluindo a troca de mensagens privadas com o diretor executivo da Pfizer durante a pandemia de covid-19, uso indevido de fundos da União Europeia e interferência em eleições na Alemanha e na Romênia. O grupo que apresentou a moção é composto por legisladores de extrema direita, que criticam a aproximação do Partido Popular Europeu (PPE) com essa ala política.
A votação foi um reflexo das tensões políticas no Parlamento Europeu, que se deslocou para a direita após as eleições em toda a Europa no ano passado. O segundo maior grupo do parlamento, os Socialistas e Democratas, atribuiu a moção à "irresponsabilidade do PPE e aos jogos duplos". Von der Leyen, que liderou os esforços da UE para garantir vacinas para cerca de 450 milhões de cidadãos durante a pandemia, enfrenta críticas contínuas sobre sua gestão e alianças políticas.