Pesquisadores da Universidade Stanford, liderados pelo Dr. Tony Wyss-Coray, desenvolveram um biomarcador inovador que permite estimar a idade biológica de 11 órgãos e prever o risco de doenças em um horizonte de dez anos. O estudo, publicado na revista Nature Medicine no dia 9 de outubro, utiliza dados de aproximadamente 45 mil participantes do UK Biobank, analisando quase 3 mil proteínas presentes no sangue para calcular a idade biológica e seu desvio em relação à idade cronológica.
O novo exame, que pode ser realizado por meio de uma simples coleta de sangue, avalia órgãos como cérebro, coração e pulmões, entre outros. Segundo Wyss-Coray, a idade biológica do cérebro é um indicador crucial, pois um cérebro envelhecido aumenta significativamente o risco de mortalidade e doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. O estudo revelou que indivíduos com um cérebro biologicamente mais velho têm três vezes mais chances de desenvolver demência.
Além disso, a pesquisa mostrou que a prática de exercícios físicos pode contribuir para um envelhecimento cerebral mais saudável, oferecendo uma proteção adicional contra doenças. O teste está previsto para ser disponibilizado ao público em dois a três anos, representando um avanço significativo na medicina preventiva e no entendimento do envelhecimento humano.