A Universidade Columbia anunciou, nesta quarta-feira, 23, um acordo com o governo Trump que envolve o pagamento de mais de US$ 220 milhões para restaurar verbas federais de pesquisa que haviam sido canceladas devido a alegações de antissemitismo no campus. O acordo inclui um pagamento de US$ 200 milhões ao longo de três anos e US$ 21 milhões para resolver supostas violações de direitos civis contra funcionários judeus, em decorrência do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Em troca do retorno de centenas de milhões em bolsas de pesquisa, a universidade se comprometeu a seguir leis que proíbem a consideração de raça em admissões e contratações, além de implementar medidas para reduzir o antissemitismo em seu ambiente acadêmico. A presidente interina da Columbia, Claire Shipman, destacou que o acordo representa um avanço significativo após um período de intensa supervisão federal.
A universidade enfrentava a ameaça de perder bilhões de dólares em apoio governamental, incluindo mais de US$ 400 milhões em bolsas que foram canceladas no início do ano, devido à alegada inação em relação ao antissemitismo durante o conflito entre Israel e Hamas. O novo acordo não admite irregularidades, mas codifica reformas que preservam a autonomia da instituição.
Columbia é a primeira universidade a firmar um acordo sobre alegações de antissemitismo, enquanto Harvard, que processou o governo por cortes de verbas, também está em negociações para restaurar seus recursos federais. O acordo com a Columbia pode servir como modelo para futuras resoluções semelhantes.