Piracicaba (SP) enfrenta uma queda significativa na umidade relativa do ar, que deve atingir níveis de 30% a partir deste domingo (6) até terça-feira (8), conforme previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Especialistas alertam que a umidade ideal para a saúde varia entre 50% e 80%, e níveis abaixo disso podem acarretar riscos à saúde da população.
O médico Hamilton Bonilha destaca que a baixa umidade pode agravar condições de saúde preexistentes, especialmente em pessoas com doenças cardiorrespiratórias. Ele ressalta que até indivíduos saudáveis podem sentir os efeitos do ar seco, como ressecamento das mucosas e aumento na incidência de infecções respiratórias, incluindo conjuntivite e sangramentos nasais.
Para mitigar os efeitos do tempo seco, Bonilha recomenda uma série de cuidados, como manter uma alimentação saudável, hidratação adequada, uso de soro fisiológico e evitar exercícios físicos em horários de pico de calor. Além disso, sugere a utilização de umidificadores e a manutenção de um ambiente domiciliar limpo e arejado.
A cidade também enfrenta um surto de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), com aumento nos casos de infecções respiratórias virais. Em resposta à situação, Piracicaba decretou estado de emergência em saúde em maio, reforçando a necessidade de cuidados redobrados entre a população durante este período crítico.