Uma pesquisa da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) desenvolveu uma técnica inovadora para a preservação de embriões bovinos durante a fertilização in vitro, que pode facilitar o acesso ao procedimento para produtores rurais. O estudo, liderado pelo médico veterinário Rafael Silva Júnior ao longo de quatro anos, utilizou uma proteína extraída de peixes do Ártico para proteger os embriões durante o congelamento.
O embrião foi armazenado por dois anos a -196°C e, após o descongelamento, foi fertilizado e transferido para uma vaca chamada Valentina, que atuou como barriga de aluguel. O resultado foi o nascimento de Rafinha, um bezerro saudável da raça Nelore, reconhecido por seu alto valor genético. O professor André Mariano Batista, orientador da pesquisa, ressaltou a praticidade da técnica, que não requer equipamentos caros e mantém a qualidade dos embriões.
Raquel Desenz, ex-aluna que participou do projeto, destacou a importância do processo e a emoção envolvida no nascimento de Rafinha, que agora se tornou o mascote do campus da UFRPE. A pesquisa não apenas representa um avanço na reprodução assistida, mas também abre portas para novos estudos e aplicações práticas na área, com a expectativa de que Rafinha contribua para futuras pesquisas e formações acadêmicas.