A União Europeia (UE) e a Coreia do Sul anunciaram nesta segunda-feira (14) esforços para estabelecer acordos comerciais com os Estados Unidos, em resposta às tarifas que o presidente Donald Trump pretende implementar a partir de 1º de agosto. O republicano anunciou no último sábado (11) a intenção de aumentar as taxas em até 30% sobre a maioria das importações da UE e do México, além de alertas semelhantes para outras potências econômicas como Japão e Coreia do Sul.
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que as propostas comerciais apresentadas até o momento não atenderam às expectativas do presidente, que considera as tarifas uma medida real caso não haja melhorias nas ofertas. "O presidente acredita que os acordos precisam ser melhores", disse Hassett durante uma entrevista ao programa This Week, da ABC.
O Comissário Europeu de Comércio, Maros Sefcovic, expressou otimismo em relação a um possível acordo, mas alertou que uma tarifa de 30% poderia praticamente eliminar o comércio entre os EUA e a UE. O chanceler alemão, Friedrich Merz, também destacou os impactos negativos que tais tarifas teriam sobre a economia europeia, especialmente no setor de exportação da Alemanha.
Enquanto a UE ainda não tomou medidas retaliatórias, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, revelou que a União já preparou uma lista de tarifas no valor de 21 bilhões de euros sobre produtos americanos, caso as negociações não avancem. A Coreia do Sul, por sua vez, está disposta a discutir maior acesso aos seus mercados agrícolas para evitar tarifas consideradas injustas, conforme declarado pelo ministro do Comércio, Yeo Han-koo.