Nesta terça-feira, 8 de julho de 2025, a Ucrânia formalizou um pedido à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) para investigar o suposto uso de munições tóxicas proibidas pelas forças russas em seu território. A solicitação ocorre em meio a alegações de que armas químicas têm sido utilizadas sistematicamente no conflito que se intensificou desde fevereiro de 2022.
No documento enviado à OPCW, a Ucrânia requer a criação de um mecanismo "independente e imparcial" que tenha a capacidade de coletar evidências e identificar os responsáveis pelo uso de armas químicas. A iniciativa surge após agências de inteligência da Holanda e da Alemanha apresentarem dados que associam o uso de tais armamentos a pelo menos três mortes de cidadãos ucranianos e mais de 2.500 feridos com sintomas relacionados.
Além disso, em maio de 2024, os Estados Unidos já haviam acusado a Rússia de empregar cloropicrina, um composto químico altamente tóxico. A OPCW, que conta com 193 Estados membros, declarou anteriormente que as acusações eram "insuficientemente fundamentadas". A organização já havia estabelecido uma equipe de investigação em 2018 para apurar casos semelhantes na Síria, onde tanto o governo quanto grupos militantes foram responsabilizados pelo uso de armas químicas.
Até o momento, a OPCW não se manifestou oficialmente sobre o pedido da Ucrânia, que busca uma resposta rápida e eficaz para as alegações de violações de direitos humanos em meio ao conflito em curso.