O fenômeno do turismo instagramável tem transformado a forma como os viajantes escolhem seus destinos, priorizando a estética das imagens nas redes sociais em detrimento da cultura local. Desde 2021, o conteúdo de viagens no TikTok cresceu 410%, enquanto hashtags populares no Instagram, como #travelgram, acumulam milhões de postagens. Destinos como Cinque Terre, na Itália, e Hallstatt, na Áustria, tornaram-se ícones não apenas pela sua beleza, mas pela capacidade de gerar imagens impactantes que viralizam rapidamente.
Esse novo comportamento turístico tem gerado um fluxo intenso de visitantes, o que pode trazer benefícios econômicos, como a criação de empregos e o aumento da arrecadação fiscal, como observado em Bali, onde o turismo representa mais de 50% do PIB local. No entanto, a pressão sobre as economias locais também resulta em desafios, como o aumento do aluguel de curta duração, que tem expulsado moradores de várias cidades ao redor do mundo.
Em resposta a esses problemas, cidades como Barcelona e Paris têm implementado restrições rigorosas às locações temporárias, buscando equilibrar os interesses turísticos com a necessidade de preservar a moradia e a cultura local. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, tem liderado iniciativas para limitar as estadias curtas e penalizar proprietários que dominam o mercado imobiliário, ressaltando a importância de um turismo sustentável que não comprometa a qualidade de vida dos residentes.