O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou uma postura menos confrontacional em relação à China, visando assegurar uma cúpula com o presidente Xi Jinping e um novo acordo comercial. A mudança de tom ocorre seis meses após o início de seu segundo mandato, quando Trump abandonou a retórica agressiva da campanha, que criticava o déficit comercial e a perda de empregos nos EUA. Agora, o foco do presidente está em fechar acordos de compra com Pequim, semelhante ao que foi feito em seu primeiro mandato.
Na última terça-feira, Trump declarou que enfrentaria a China 'de forma muito amigável', refletindo uma nova abordagem em suas reuniões internas, onde tem se mostrado menos agressivo. Funcionários da administração ressaltam que, apesar de sua simpatia pessoal por Xi, Trump impôs restrições rigorosas à Huawei e tarifas sobre exportações chinesas durante seu primeiro mandato.
Contudo, a flexibilização da política comercial de Trump gerou preocupações entre formuladores de políticas, que temem que as linhas vermelhas dos EUA em relação à China estejam se tornando negociáveis. A recente permissão para a Nvidia vender seu chip H20 para o mercado chinês, contrariando declarações anteriores de que isso não estava em discussão, exemplifica essa mudança. A administração está considerando adiar o aumento das tarifas sobre a China, previsto para 12 de agosto, enquanto Trump continua a implementar tarifas em outros países.
O secretário de Estado, Marco Rubio, indicou que uma cúpula entre Trump e Xi é provável, sinalizando uma possível aproximação entre as duas potências. A Casa Branca afirmou que Trump busca nivelar o campo de jogo para trabalhadores e indústrias americanas, mantendo discussões produtivas com todos os parceiros comerciais.