O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou irritação nesta terça-feira (8) ao ser questionado sobre Jeffrey Epstein, um dia após o FBI confirmar a morte do financista por suicídio e afirmar que não há evidências de uma lista de clientes para chantageá-los. Durante uma reunião do gabinete, Trump criticou a insistência na cobertura do caso, destacando a gravidade das inundações no Texas, que resultaram em mais de 100 mortes.
A indagação surgiu em meio à divulgação de um vídeo pelo Departamento de Justiça, que mostra imagens de câmeras de segurança da prisão onde Epstein estava detido na noite de sua morte, em agosto de 2019. O vídeo indica que ninguém acessou a cela do bilionário nas horas que antecederam sua morte, mas a falta de um minuto de gravação entre 23h59 de 9 de agosto e meia-noite de 10 de agosto gerou especulações na mídia.
A procuradora-geral Pam Bondi, que estava presente na reunião, também se mostrou incomodada com a pergunta, considerando-a uma “verdadeira profanação” diante da tragédia das inundações. Bondi explicou que, segundo o protocolo penitenciário, a gravação de vídeo é reiniciada todas as noites, o que justifica a ausência do minuto mencionado.
As conclusões do relatório do FBI, que foram analisadas por veículos como Axios e ABC News, representam a primeira negação oficial das teorias da conspiração que envolvem Epstein e figuras influentes. Embora Trump e Epstein tenham mantido um relacionamento social por décadas, as autoridades nunca confirmaram qualquer envolvimento do presidente em atividades criminosas relacionadas ao financista.