O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já estabeleceu contato com pelo menos 34 líderes internacionais desde o início de seu segundo mandato em 20 de janeiro. Entre as nações que tiveram diálogo com o republicano estão Canadá, Israel, Rússia, Ucrânia, Índia e Reino Unido, com destaque para encontros presenciais com 21 líderes, incluindo os presidentes da Argentina, Javier Milei, e do Equador, Daniel Noboa. No entanto, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva não está entre os interlocutores de Trump.
Apesar da ausência de comunicação direta, tanto Trump quanto Lula não demonstraram interesse em estabelecer um diálogo substancial. As interações entre os dois têm sido limitadas a declarações protocolares, como a congratulação de Lula pela posse de Trump. Além disso, ambos os líderes já trocaram críticas em diversas ocasiões, especialmente em fóruns internacionais como a cúpula do Brics.
Na cúpula do Brics, Lula defendeu o uso de moedas locais nas transações comerciais, visando diminuir a dependência do dólar, o que provocou uma resposta de Trump, que ameaçou impor tarifas de 10% sobre produtos de países que se alinhassem a políticas consideradas antiamericanas. A tensão entre Brasil e Estados Unidos se intensificou ainda mais com a recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, uma ação que Trump justificou como uma retaliação a uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Embora Trump tenha evitado mencionar Lula diretamente, ele indicou que poderia considerar uma conversa futura, afirmando que “não é o momento” para tal diálogo.