O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (28) uma redução do prazo para a Rússia finalizar a guerra na Ucrânia, estipulando um novo limite de 10 a 12 dias. A declaração foi feita durante uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia. Trump havia estabelecido anteriormente um prazo de 50 dias, que se encerraria no início de setembro. O ex-presidente ameaçou aplicar tarifas de 100% à Rússia caso não haja um acordo de paz até o novo prazo.
A resposta do Kremlin veio rapidamente através de Dmitry Medvedev, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. Medvedev afirmou que os ultimatos de Trump representam um risco de escalada para um conflito direto entre os Estados Unidos e a Rússia. Em uma publicação na rede social X, ele alertou que cada nova ameaça é um passo em direção à guerra, não apenas entre a Rússia e a Ucrânia, mas também envolvendo os EUA.
Trump expressou sua frustração com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que, se dependesse dele, a guerra já teria terminado em várias ocasiões. O ex-presidente também indicou que não está mais interessado em dialogar com Putin sobre o conflito. A Ucrânia, por sua vez, comemorou a redução do prazo imposta por Trump, enquanto o Kremlin não descartou a possibilidade de uma reunião entre os dois líderes na China, onde Putin planeja participar de celebrações em setembro.
A tensão entre os dois países se intensificou desde que Trump ameaçou tarifas severas à Rússia, uma medida que foi criticada por autoridades russas como um "ultimato teatral". O Kremlin afirmou que a situação será analisada cuidadosamente antes de qualquer resposta oficial.