O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (28) uma drástica redução no prazo que havia dado à Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia, passando de 50 para 10 a 12 dias. A medida foi acompanhada da ameaça de tarifas de 100% sobre produtos russos, caso o governo de Vladimir Putin não chegue a um acordo de paz. A declaração foi feita durante uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia.
Em resposta, Dmitry Medvedev, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, criticou Trump, afirmando que seus ultimatos representam um risco de escalada para um conflito direto entre os Estados Unidos e a Rússia. Medvedev enfatizou que a Rússia não é comparável a Israel ou Irã e que cada nova ameaça é um passo em direção à guerra.
Trump expressou sua decepção com Putin, alegando que já teria encerrado o conflito em várias ocasiões, não fosse a resistência do líder russo. Ele também afirmou que não está mais interessado em dialogar com Putin, reforçando sua posição de endurecimento das sanções. O Kremlin, por sua vez, não descartou a possibilidade de uma reunião entre os dois líderes durante uma visita de Putin à China em setembro, onde ocorrerão celebrações do fim da Segunda Guerra Mundial.
