O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, sobre a possibilidade de a Ucrânia atacar Moscou e São Petersburgo durante um telefonema realizado em 4 de julho. Segundo o jornal Financial Times, Zelenski respondeu que isso seria viável 'se nos derem as armas'. Trump, por sua vez, negou ter incentivado tal ação.
A conversa entre os líderes ocorreu em um contexto de discussões sobre o envio de armamentos americanos para a Ucrânia, enquanto Trump expressava sua intenção de acabar com a guerra em 24 horas. No entanto, ele demonstrou descontentamento com o presidente russo, Vladimir Putin, após tentativas frustradas de um acordo de paz. Em uma entrevista à BBC, Trump reiterou sua decepção com Putin e ameaçou novas sanções caso a Rússia não inicie negociações para um cessar-fogo em até 50 dias.
Trump também anunciou a intenção de enviar mais sistemas de defesa Patriot e mísseis para a Ucrânia, evitando a necessidade de aprovação do Congresso. Fontes indicam que o presidente considera a possibilidade de enviar mísseis ATACMS de longo alcance e discutiu o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk, que têm um alcance de 1.600 km. No entanto, Trump afirmou que não está buscando fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia.
Em resposta às ameaças de sanções, o Kremlin declarou que as decisões de Washington e da Otan são vistas como um incentivo à continuidade do conflito, e não como um sinal de paz. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reafirmou a posição russa em relação à situação.