O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (28) sua intenção de criar "centros de alimentação" na Faixa de Gaza, em resposta à grave crise humanitária que afeta a região. Durante um encontro com o premiê britânico, Keir Starmer, Trump destacou a "fome de verdade" enfrentada pelos palestinos e a necessidade de ações imediatas para atender às suas necessidades básicas.
Trump não forneceu detalhes sobre a implementação dos centros, mas enfatizou que a abordagem atual em Gaza deve ser revista. "Precisamos cuidar das necessidades humanitárias do que um dia se chamou de Faixa de Gaza. Podemos salvar muitas pessoas", afirmou o presidente americano, chamando a situação de "loucura".
Enquanto isso, dezenas de caminhões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, após Israel estabelecer uma pausa humanitária no conflito com o Hamas. A Cruz Vermelha egípcia informou que enviou 135 caminhões com cerca de 1.500 toneladas de alimentos e itens de higiene. A pausa visa aliviar a situação de "fome em massa" que aflige a população local, intensificando as críticas internacionais ao governo israelense.
O Exército israelense anunciou que a atividade militar em Gaza será suspensa diariamente das 10h às 20h, permitindo a entrega de alimentos e remédios. Apesar das críticas à crise humanitária, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que "não há fome ou política de fome em Gaza", desafiando as alegações da ONU e de ONGs sobre a gravidade da situação.