O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (28) a criação de 'centros de alimentação' na Faixa de Gaza, em resposta à grave crise humanitária que afeta a região. Durante um encontro com o premiê britânico, Keir Starmer, Trump destacou a necessidade urgente de atender à fome que assola o território palestino, afirmando que 'as pessoas veem a comida a uma distância, mas não conseguem alcançá-la'.
Trump não forneceu detalhes sobre a implementação dos centros, mas enfatizou a importância de abordar as necessidades humanitárias de Gaza de maneira inovadora. 'Podemos salvar muitas pessoas', disse o presidente, ao criticar a situação atual no local. Starmer, por sua vez, descreveu as imagens de crianças palestinas passando fome como 'revoltantes' e pediu um cessar-fogo na região.
A declaração de Trump ocorre em um contexto de crescente pressão internacional sobre Israel, que, após críticas, estabeleceu uma pausa humanitária para permitir a entrada de ajuda em Gaza. Nesta segunda-feira, dezenas de caminhões com alimentos e itens de higiene, enviados pela Cruz Vermelha egípcia, cruzaram a passagem de Rafah, no sul do território. A ONU e outras organizações internacionais estão envolvidas na distribuição da ajuda, que busca aliviar a situação de 'fome em massa' enfrentada pelos palestinos.
Israel, que enfrenta críticas por sua abordagem ao conflito com o Hamas, anunciou que a atividade militar será suspensa diariamente das 10h às 20h, permitindo a entrega de alimentos e remédios. Apesar das alegações de fome, o governo israelense nega a existência de uma política de fome em Gaza, conforme declarado pelo premiê Benjamin Netanyahu.