O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajuizou uma ação judicial de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 55,8 bilhões) contra o Wall Street Journal e seu proprietário, Rupert Murdoch. O processo, apresentado na Justiça Federal de Miami, alega que o jornal publicou informações "intencionalmente falsas e difamatórias" sobre uma carta que Trump teria enviado ao financista Jeffrey Epstein, acusado de tráfico humano e abuso sexual de menores.
A reportagem em questão afirma que a carta, supostamente incluída em um álbum comemorativo dos 50 anos de Epstein, continha conteúdo "sexualmente sugestivo". Trump também incluiu os repórteres responsáveis pela matéria como alvos da ação. A ofensiva legal ocorre em um contexto de crescente pressão por transparência sobre o caso Epstein, que morreu em 2019.
Em suas redes sociais, Trump declarou que a ação judicial visa responsabilizar a imprensa pelos abusos cometidos e criticou o que chamou de "mídia fake news". O ex-presidente também tem se manifestado contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, acusando a Corte de promover uma "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais no país.
Além disso, o governo americano anunciou a revogação dos vistos diplomáticos de ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, em meio a um clima de tensão entre os dois países. O caso Epstein voltou a ganhar destaque após o Departamento de Justiça dos EUA solicitar a liberação de transcrições relacionadas ao escândalo de tráfico sexual, enquanto Trump enfrenta críticas por sua relação com Epstein e a falta de transparência sobre o caso.