O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (25) que Israel deve "terminar o trabalho" e "limpar tudo" na Faixa de Gaza, após o colapso das negociações com o grupo extremista Hamas para a libertação de reféns israelenses. A declaração foi feita antes de sua viagem à Escócia, onde se encontraria com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Trump criticou o Hamas, afirmando que o grupo não demonstrou interesse em um acordo e que, segundo ele, "realmente pediu" que Israel intensificasse suas ações. Essa posição do presidente americano contrasta com os apelos de diversos países e organizações humanitárias que solicitam o fim das hostilidades na região. A França, por exemplo, anunciou que reconhecerá oficialmente o Estado palestino em setembro.
O apoio de Trump ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é evidente, especialmente após uma ligação entre os líderes para discutir estratégias contra o Hamas. Enquanto autoridades dos EUA responsabilizam o Hamas pelo fracasso nas negociações de cessar-fogo, mediadores do Qatar e do Egito afirmam que Israel é quem não deseja encerrar o conflito. O governo israelense, por sua vez, condiciona o fim da guerra ao resgate de todos os reféns e à destruição do Hamas, enquanto relatos de autoridades de saúde em Gaza indicam que civis estão sendo mortos em meio aos combates.