A administração do ex-presidente Donald Trump determinou a destruição de 496 toneladas de biscoitos nutritivos, avaliados em aproximadamente US$ 793 mil, que estavam armazenados em Dubai e prestes a vencer. Os alimentos, que tinham como destino crises humanitárias, serão incinerados ou descartados em aterros sanitários. Essa decisão ocorre em um contexto de crescente insegurança alimentar global, com o Programa Mundial de Alimentos da ONU estimando que 319 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda.
Os biscoitos fortificados poderiam ter alimentado cerca de 27 mil pessoas por um mês ou suprido todas as crianças famintas de Gaza por uma semana. Documentos internos da USAID indicam que apenas 622 toneladas foram salvas após a intervenção de funcionários, enquanto atrasos na assinatura de acordos resultaram em um desperdício de US$ 125 mil em recursos públicos.
Trump, que defende a redução da ajuda humanitária americana, planeja extinguir a USAID e transferir suas funções para o Departamento de Estado até setembro. Apesar de declarações de Marco Rubio, que afirmou que “nenhum alimento será desperdiçado”, documentos revelam que a ordem de destruição foi emitida antes do acordo com a ONU. Funcionários também relataram uma proibição de diálogo com organizações humanitárias, levantando preocupações sobre a transparência e a eficácia da assistência internacional sob a atual administração.