O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado que os primeiros-ministros do Camboja e da Tailândia concordaram em se reunir imediatamente para discutir um cessar-fogo, após três dias de intensos combates ao longo da fronteira entre os dois países. As declarações foram feitas durante uma visita de Trump à Escócia, onde ele destacou a importância da paz na região e advertiu que não faria acordos comerciais com os governos do Sudeste Asiático enquanto o conflito persistisse.
Os confrontos na fronteira, que resultaram em mais de 30 mortes e o deslocamento de mais de 130.000 pessoas, continuaram a se intensificar, com novos focos de tensão surgindo neste sábado. Ambas as partes alegaram agir em legítima defesa e pediram a interrupção das hostilidades para iniciar negociações. Os combates se concentraram nas províncias de Trat, na Tailândia, e Pursat, no Camboja, em uma nova frente de conflito.
Desde a morte de um soldado cambojano em uma escaramuça no final de maio, as tropas de ambos os lados foram reforçadas, exacerbando uma crise diplomática que ameaça a estabilidade do governo tailandês. Até o momento, a Tailândia reportou a morte de sete soldados e 13 civis, enquanto o Camboja confirmou cinco soldados e oito civis mortos, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa, Maly Socheata.
Trump, após conversas com os líderes, afirmou que ambos os países estão buscando um cessar-fogo e a paz imediata. Ele também expressou esperança de que, uma vez alcançada a paz, acordos comerciais possam ser finalizados com ambos os países. As embaixadas da Tailândia e do Camboja em Washington não comentaram sobre as declarações do presidente americano.