O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira (15) a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, que inclui a famosa Rua 25 de Março, em São Paulo, um dos maiores centros de comércio popular da América Latina. A investigação foi motivada por alegações de venda de produtos falsificados e a falta de proteção aos direitos de propriedade intelectual na região.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou sobre a situação, afirmando que o comércio na 25 de Março não pode ser considerado ilegal. Em entrevista à TV Globo, Nunes destacou que a responsabilidade pela fiscalização de produtos falsificados cabe à Receita Federal e a outros órgãos competentes, reiterando o apoio da Prefeitura ao comércio local.
O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) classificou a 25 de Março como um dos maiores mercados de produtos falsificados do mundo, mencionando que a falsificação persiste devido à ausência de sanções efetivas. Em um relatório anterior, o USTR já havia identificado a região como um ponto crítico de pirataria, com mais de mil lojas vendendo produtos falsificados.
A Associação Representativa do Comércio da Região da 25 de Março (Univinco25) defendeu os comerciantes locais, afirmando que a maioria atua de forma legal e que as práticas irregulares são constantemente fiscalizadas. A entidade representa mais de 3 mil estabelecimentos que comercializam produtos importados, principalmente da China, e não têm relação com os Estados Unidos.