O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (23) a imposição de tarifas de 50% sobre produtos provenientes do Brasil, justificando a medida pelo tratamento que o governo brasileiro dispensou ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A tarifa entrará em vigor a partir de 1º de agosto e foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma carta datada de 9 de julho.
Durante um evento em Washington D.C., Trump afirmou que a nova política tarifária se aplica a países com os quais os EUA têm relações consideradas ruins. "Temos tantos países que não é possível negociar acordos com todos. Então, temos uma tarifa simples e direta, de 15% a 50%", declarou, enfatizando que a tarifa de 50% é uma resposta a relações diplomáticas desfavoráveis.
Em resposta à medida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que terá acesso a detalhes do plano de contingência nesta quinta-feira (24). Haddad destacou que as áreas técnicas dos ministérios da Fazenda, Indústria e Relações Exteriores estão trabalhando em estratégias para mitigar os impactos da taxação. Ele também mencionou que apresentará o plano ao presidente Lula na próxima semana, após discussões com outros ministros.
O ministro ressaltou que há esforços contínuos para estabelecer contato com as autoridades norte-americanas, com equipes técnicas da Fazenda e do Tesouro dos EUA já em diálogo sobre a questão. Haddad enfatizou a importância de preparar cenários adequados para que o presidente Lula tome decisões informadas sobre a situação.