O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos do Brasil, a partir do dia 1º de agosto. A decisão, que se insere em uma estratégia mais ampla de tarifas comerciais, foi motivada por razões ideológicas, segundo o próprio presidente. Atualmente, as tarifas sobre produtos brasileiros estão fixadas em 30%, com acréscimos sobre alguns itens específicos.
Uma pesquisa recente do site Politico revelou que um em cada quatro eleitores de Trump acredita que as tarifas estão prejudicando as negociações comerciais dos EUA com outros países. Essa mesma proporção se aplica às tarifas sobre a China, a segunda maior economia do mundo. A insatisfação em relação às tarifas é ainda mais acentuada entre os eleitores democratas, com 86% dos apoiadores de Kamala Harris considerando que as medidas estão dificultando o comércio internacional dos EUA.
Especialistas em economia alertam que o aumento das tarifas pode impactar diretamente os preços dos produtos nos Estados Unidos, incluindo alimentos como hambúrgueres, que dependem de carne moída importada, principalmente do Brasil. O professor de economia Michael Coon destacou que, embora os consumidores americanos ainda não tenham sentido o impacto financeiro das tarifas, isso pode mudar à medida que os estoques se esgotem e os novos preços sejam aplicados.
No mesmo dia em que a pesquisa foi divulgada, representantes dos EUA e da China se reuniram em Genebra para discutir as tarifas de importação, indicando que a situação comercial global continua a evoluir. A pesquisa, realizada com 1.228 adultos americanos, possui uma margem de erro de 3 pontos percentuais, refletindo uma crescente preocupação entre os eleitores sobre os efeitos das tarifas na economia.