O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece tarifas de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil. Apesar da medida, uma lista de 694 exceções alivia a pressão sobre itens cruciais, como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer. No entanto, café e carnes estão entre os produtos que enfrentarão uma tarifa adicional de 40%, elevando a taxa total para 50% a partir de sete dias após a assinatura.
A ordem executiva, que possui um tom político acentuado, critica o governo brasileiro e menciona o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação a supostas violações de direitos humanos. A Casa Branca alega que as ações do governo brasileiro representam uma ameaça à segurança nacional e à economia dos EUA, justificando a nova tarifa sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977.
Além das tarifas, o texto da ordem denuncia práticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo a administração Trump, coage empresas americanas a censurar discursos políticos e a entregar dados sensíveis de usuários. A ordem também critica Moraes por supostamente abusar de sua autoridade judicial para intimidar opositores e proteger aliados, o que, segundo o documento, prejudica a promoção de direitos humanos e eleições justas no Brasil.