O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia, em um movimento que intensifica seu protecionismo comercial. A decisão, divulgada na última semana, afeta diretamente os 27 países membros da UE, incluindo o Brasil, e representa uma mudança significativa na política comercial americana, que historicamente favoreceu o liberalismo econômico.
A postura de Trump contrasta com a abordagem de líderes anteriores, como Ronald Reagan, que promoviam a redução de tarifas para estimular o comércio transatlântico. A nova política do presidente americano tem gerado preocupações na Europa, onde a competitividade no maior mercado consumidor do mundo é vista como vital para a recuperação econômica, especialmente em um contexto de altos custos de energia e gastos militares.
Após um encontro na Escócia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma redução pela metade das tarifas europeias em resposta às medidas de Trump. No entanto, a decisão não foi bem recebida por todos os líderes europeus. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, criticou o acordo, enquanto Viktor Orban, da Hungria, expressou descontentamento com a postura da UE nas negociações.
As reações variadas entre os países da UE refletem um clima de insatisfação e desconfiança em relação à nova direção das relações transatlânticas. Com a crescente fragmentação e incertezas econômicas, a União Europeia busca encontrar um equilíbrio entre a necessidade de manter o comércio e a resistência a uma suposta submissão às exigências americanas.