O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que gerou forte repercussão na imprensa internacional. A decisão, formalizada em 9 de julho e que entra em vigor a partir de 1º de agosto, foi condicionada ao término do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de orquestrar um golpe de Estado. Trump classificou a ação como uma resposta a uma "relação comercial injusta" e ameaçou novas sanções caso o Brasil adote medidas de reciprocidade.
A Casa Branca justificou a tarifa como uma tentativa de "corrigir desequilíbrios" nas relações comerciais, apesar de os EUA terem encerrado 2024 com um superávit de US$ 7,4 bilhões na balança comercial com o Brasil. A medida foi considerada sem precedentes por veículos como o New York Times e a CNBC, que destacaram a mistura de política interna brasileira com ações econômicas americanas.
A reação do governo brasileiro foi imediata, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que o Brasil responderá com base na lei de reciprocidade e reafirmando a soberania das instituições nacionais. Economistas já alertam para os impactos negativos nos mercados, com o dólar futuro em alta e a bolsa em queda, além de riscos de aumento da inflação no país. Exportadores brasileiros de commodities, como petróleo e carnes, devem ser os mais afetados pela nova tarifa.