O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA, a partir de 1º de agosto. A medida, divulgada em uma carta no dia 9, foi justificada por Trump como uma resposta à suposta perseguição do governo Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao Judiciário brasileiro. A decisão provocou reações imediatas e contundentes do governo brasileiro, que considera a taxação uma intromissão inaceitável em assuntos internos.
Entidades do setor produtivo alertam que a tarifa pode inviabilizar a exportação de produtos como suco de laranja, aço e carne, que perderiam competitividade no mercado americano. A situação gerou um clima de tensão em Brasília, com debates acalorados no Congresso e no Executivo, além de influenciar o cenário eleitoral para 2026. O presidente Lula criticou Trump, afirmando que o Brasil não aceitará intromissões e que, se necessário, recorrerá à Lei da Reciprocidade para retaliar a medida.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, manifestou apoio à decisão de Trump, responsabilizando Lula e o Judiciário pela crise. Ele afirmou que a tarifa é resultado do afastamento do Brasil de seus compromissos históricos com a liberdade e que tal situação não teria ocorrido durante seu governo. A tensão entre os dois países promete impactar as relações comerciais e políticas nas próximas semanas.