O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com início em 1º de agosto. A decisão, que afeta diretamente o Brasil, foi motivada por críticas de Trump ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um julgamento relacionado às eleições de 2022 e os atentados de 8 de janeiro de 2023.
Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump justificou a tarifa como uma resposta a "ataques insidiosos" do Brasil às eleições livres e à liberdade de expressão, referindo-se a decisões do STF sobre a remoção de conteúdos em redes sociais. O presidente americano também classificou a ação contra Bolsonaro como uma "caça às bruxas" e ameaçou intensificar sanções caso o Brasil reaja.
O STF, por sua vez, não se manifestará oficialmente sobre a carta de Trump, mas ministros afirmaram que não se deixarão intimidar por pressões externas. A expectativa é que o julgamento de Bolsonaro ocorra entre agosto e setembro, com indícios de condenação. A decisão de Trump gerou repercussão negativa na imprensa internacional, sendo considerada "destemperada" e "dramática".
Em resposta, o governo brasileiro estuda medidas de retaliação, incluindo ações sobre patentes de medicamentos e restrições a insumos importados dos EUA. A equipe técnica do governo avalia os riscos econômicos e jurídicos das possíveis respostas, que só serão implementadas se a tarifa for efetivamente aplicada no prazo estipulado.