O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, com algumas exceções. A medida, que entra em vigor no dia 6 de agosto, foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a ações do governo brasileiro que, segundo os EUA, ameaçam a segurança nacional e a economia americana.
A nova tarifa é parte de uma declaração de emergência nacional, fundamentada na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA). O governo americano argumenta que as políticas do Brasil, especialmente ações do ministro Alexandre de Moraes, têm prejudicado empresas dos EUA e violado direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos.
Na ordem executiva, Trump menciona que Moraes teria emitido ordens que censuraram críticos políticos e apoiado investigações contra cidadãos americanos que expuseram supostas violações de direitos humanos no Brasil. O presidente Lula, por sua vez, declarou em entrevista que tem tentado dialogar com Trump sobre a situação, mas não obteve resposta.
A Casa Branca reafirma que a imposição das tarifas visa proteger a segurança nacional e os interesses econômicos dos Estados Unidos, reiterando a política de "paz pela força" que caracteriza a gestão Trump. A decisão marca um novo capítulo nas tensões diplomáticas entre Brasil e EUA, que se intensificaram nos últimos meses.