O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, embora 694 produtos tenham sido excluídos dessa medida. Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), os itens isentos representam US$ 18,4 bilhões em exportações do Brasil para os EUA em 2024, o que equivale a 43,4% do total de US$ 42,3 bilhões exportados pelo Brasil no mesmo período.
A Amcham destacou que a exclusão de certos produtos ajuda a mitigar os impactos da nova tarifa, mas ainda assim, a medida afeta a competitividade de setores estratégicos da economia brasileira. A lista de exceções inclui aeronaves civis, veículos, sucos, petróleo, fertilizantes e eletrônicos, beneficiando especialmente a Embraer, que viu suas ações subirem 10% após a inclusão do setor aeronáutico entre os produtos isentos.
Por outro lado, produtos como café, carne bovina, frutas e máquinas agrícolas não foram isentos e enfrentarão a nova alíquota. A ordem executiva que formaliza a tarifa também menciona uma declaração de emergência nacional, acusando o Brasil de ameaçar a segurança nacional e a economia dos EUA. Além disso, Trump revogou os vistos do ministro Alexandre de Moraes e de outros ministros do STF, em uma medida de retaliação que se tornou parte do pacote de sanções.