O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas medidas que colocam o Brasil no centro de uma guerra comercial e diplomática. No último dia 1º de outubro, o governo americano incluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na lista de sanções da Lei Global Magnitsky, além de estabelecer tarifas de até 50% sobre as exportações brasileiras. Especialistas, no entanto, indicam que os efeitos imediatos podem ser menos severos do que aparentam.
A inclusão de Moraes na lista de Nacionais Especialmente Designados (SDN) implica que ele está banido do sistema financeiro dos EUA, o que pode afetar transações internacionais. Apesar disso, não há evidências de que o ministro possua ativos nos Estados Unidos, o que limita o impacto prático da sanção, segundo o advogado Anderson Almeida. Para ele, a medida é mais simbólica do que material, servindo como uma estratégia política de Trump.
Além das sanções, Trump anunciou tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, cuja implementação foi adiada por uma semana. Esse adiamento é visto por analistas como uma manobra política, já que a lista de exceções à tarifa abrange cerca de 40% das exportações brasileiras para os EUA. Itens como suco de laranja foram poupados, enquanto café e carnes não foram incluídos. A situação revela que a política está intrinsecamente ligada às negociações comerciais entre os dois países.