O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma ordem executiva publicada nesta quarta-feira (30). O documento alega que Moraes violou direitos humanos de cidadãos americanos, incluindo o jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo. Além das sanções, a ordem também institui uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.
Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos e atua como influenciador político, tem feito lobby junto ao governo Trump, em parceria com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para pressionar por sanções contra Moraes e outras autoridades brasileiras. Figueiredo é conhecido por seu discurso crítico ao STF e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tendo sido alvo de decisões judiciais que resultaram no bloqueio de suas redes sociais no Brasil.
Na ordem executiva, Trump afirma que Moraes emitiu "centenas de ordens para censurar secretamente seus críticos políticos" e que ele supervisiona investigações criminais contra cidadãos dos EUA. A medida, que classifica o governo brasileiro como uma "ameaça incomum e extraordinária" à segurança nacional americana, representa um aumento nas tensões diplomáticas entre Brasil e EUA, com o Itamaraty considerando a ação uma retaliação política.
Enquanto o governo Lula busca respostas diplomáticas e critica as sanções, figuras da direita brasileira expressam preocupação com o impacto político da situação. Integrantes do PL sugerem que Eduardo Bolsonaro se distancie publicamente do tarifaço para preservar a imagem da direita nas eleições de 2026, enquanto Figueiredo continua a defender as medidas de Trump.