O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou na última segunda-feira (7) o envio de cartas a 24 países e à União Europeia, informando sobre novas alíquotas de importação. As medidas, que surpreenderam analistas e parceiros econômicos, geraram descontentamento entre os cidadãos americanos, refletindo uma queda acentuada na aprovação do presidente, que atualmente está em 45,6%, segundo o Real Politics.
Maria Irene Jordão, analista global da XP, comentou durante o Morning Call da XP nesta segunda-feira (14) que as tarifas anunciadas por Trump foram superiores ao esperado, resultando em um choque de confiança no mercado. Apesar da queda na aprovação, a analista observou que a guerra comercial ainda não se traduziu em inflação ou impacto significativo na atividade econômica dos EUA.
Jordão destacou que as tarifas têm objetivos específicos, atingindo setores como a indústria automobilística e o cobre, além de tarifas retaliatórias que variam conforme o país. Desde fevereiro, Trump tem utilizado a América Latina como uma ferramenta de negociação, com foco em países como Colômbia e Brasil, o que tem gerado incertezas sobre os efeitos das novas tarifas na região.