O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a implementação de novas tarifas comerciais a partir de 1º de agosto, com o objetivo de fortalecer a economia americana. As tarifas, que variam de 11% a 50%, afetarão produtos de aproximadamente 80 países, incluindo os 27 da União Europeia. Trump afirmou que essas medidas farão os EUA se tornarem 'grandes e ricos' novamente, enquanto o prazo para que os países negociem acordos comerciais com Washington se esgota.
Além das tarifas gerais, haverá sobretaxas específicas, como 50% sobre produtos fabricados com cobre, embora as importações de cobre bruto estejam isentas. O Brasil, um dos países mais impactados, enfrentará uma sobretaxa de 50% em diversos produtos, exceto em algumas categorias como suco de laranja e fertilizantes. O México também está sob a ameaça de uma sobretaxa de 30% devido a preocupações com o tráfico de fentanil.
As novas tarifas foram anunciadas após um período de adiamentos, que visavam permitir negociações comerciais. Com a elevação das tarifas, o Laboratório de Orçamento da Universidade de Yale reportou que as tarifas médias nos EUA atingiram o nível mais alto desde 1933, superando 18%. Especialistas alertam que essas medidas podem impactar negativamente o crescimento econômico e aumentar a inflação, com previsões de crescimento abaixo de 1% para o segundo semestre de 2025.
O Federal Reserve indicou que as tarifas estão afetando a atividade econômica, embora o mercado de trabalho permaneça robusto. A economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic, ressaltou que as tarifas estão gradualmente minando a economia, enquanto o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que os preços de alguns produtos já começaram a subir em decorrência dessas novas políticas comerciais.