O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta terça-feira (8) com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pela segunda vez em 24 horas, com o objetivo de discutir uma possível trégua na Faixa de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária após 21 meses de conflito. A tensão aumentou desde o ataque do grupo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, levando Trump a classificar a situação como uma "tragédia". Durante a reunião, Trump expressou seu desejo de resolver a situação, afirmando que tanto ele quanto Netanyahu estão comprometidos com a busca por uma solução.
Na noite anterior, Netanyahu havia se encontrado com Trump para um jantar, e nesta terça-feira, o primeiro-ministro retornou à Casa Branca para um encontro fechado à imprensa. O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, revelou que há esperanças de um acordo de cessar-fogo até o final da semana, com a possibilidade de libertação de dez reféns vivos e a recuperação dos restos mortais de nove falecidos.
Entretanto, o Catar, que atua como mediador nas negociações entre Israel e Hamas, afirmou que mais tempo é necessário para avançar nas discussões. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, destacou que não é possível estabelecer um prazo para a conclusão das negociações, que estão em andamento em Doha. Enquanto isso, a situação no terreno permanece crítica, com cinco soldados israelenses mortos em combates no norte de Gaza, elevando o total de baixas israelenses para 445 desde o início do conflito. A Defesa Civil de Gaza reportou 29 mortes em ataques israelenses nesta terça-feira, incluindo três crianças.