O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (10) que a demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não é uma medida iminente, apesar de ter discutido a possibilidade com parlamentares republicanos em um evento na Casa Branca. Segundo um alto funcionário da administração, Trump teria manifestado apoio à demissão após receber respaldo dos legisladores, mas posteriormente negou que a ação fosse imediata.
Durante a reunião no Salão Oval, Trump expressou preocupações sobre a reforma da sede do Federal Reserve, que teve seu custo estimado elevado de US$ 1,8 bilhões para US$ 2,5 bilhões. O presidente insinuou a possibilidade de fraude na execução do projeto, afirmando que a falta de autorização adequada poderia justificar uma demissão. "É possível que haja fraude envolvida na reforma", disse Trump, que também criticou a condução da política monetária do Fed.
A reforma da sede, que inclui melhorias como jardins no terraço e elevadores privativos, foi alvo de críticas por parte de Trump e aliados, que a consideram excessivamente ostentosa. O Federal Reserve, por sua vez, defendeu as mudanças, afirmando que visam simplificar e acelerar a construção, além de evitar novos estouros de custos e atrasos. Jerome Powell, em resposta às críticas, solicitou uma revisão do projeto ao inspetor-geral do banco central.
Em meio a especulações sobre a demissão de Powell, fontes indicaram que Trump chegou a redigir uma carta para formalizar a saída do presidente do Fed, a qual foi mostrada a legisladores durante a reunião. Contudo, a recente decisão da Suprema Corte limitou a autoridade do presidente para demitir funcionários do Fed sem justificativas comprovadas de má gestão.